Miomas Uterinos: Saiba mais sobre esse tema que assusta as mulheres.

23 maio, 2023

O que são os miomas uterinos?

Os miomas uterinos são tumores benignos que se desenvolvem no útero. Eles são compostos de tecido muscular e fibroso e podem variar de tamanho, desde pequenos nódulos até tumores grandes o suficiente para distorcer o formato do útero.

Embora os miomas sejam comuns, muitas mulheres não sabem que os têm até que são descobertos durante exames de rotina.

Apesar de serem tumores benignos, ou seja, não são capazes de dar metástase para outros órgãos, os miomas podem causar muito desconforto, dor e sangramento, além de afetar a fertilidade. Em muitos casos, a cirurgia é necessária para tratar e resolver esses sintomas ou preservar a fertilidade.

Quando a cirurgia está indicada para miomas uterinos?

A cirurgia de miomas uterinos pode ser indicada quando:

  1. Os miomas causam sintomas, como dor pélvica, cólicas menstruais intensas, sangramento menstrual abundante e frequente necessidade de urinar. Se esses sintomas são graves o suficiente para afetar sua qualidade de vida, a cirurgia pode ser indicada.
  2. Miomas grandes podem interferir na implantação de um embrião ou causar abortos espontâneos. Se você está tentando engravidar e tem miomas uterinos que estão afetando sua fertilidade, a cirurgia pode ser indicada.
  3. Crescimento rápido: Em alguns casos, os miomas podem crescer rapidamente, o que pode causar dor e desconforto. Se os miomas estiverem crescendo rapidamente, a cirurgia pode ser indicada para removê-los

Tipos de cirurgia de miomas uterinos

Existem vários tipos de cirurgia de miomas uterinos, incluindo:

  1. Miomectomia: A miomectomia é uma cirurgia para remover os miomas do útero enquanto preserva o útero. Esta cirurgia é indicada para mulheres que desejam preservar a capacidade de engravidar.
  2. Histerectomia: A histerectomia é uma cirurgia para remover o útero. Se você não deseja ter mais filhos ou se os miomas são tão grandes que não há outra opção, a histerectomia pode ser indicada.
  3. Embolização uterina: A embolização uterina é um procedimento minimamente invasivo no qual um médico insere pequenas partículas nos vasos sanguíneos que alimentam os miomas. Isso faz com que os miomas encolham e reduzam seus sintomas.

Importante!

Miomas uterinos não se tornam câncer. Os miomas são tumores benignos, ou seja, não cancerosos, compostos de tecido muscular e fibroso que se desenvolvem no útero.

Fique atenta!

Enquanto os miomas uterinos são muito comuns e geralmente benignos, existem tumores, como sarcomas ou tumores de endométrio, que fazem o diagnóstico diferencial como os miomas.

O exemplo mais comum é o câncer de endométrio, que se desenvolve nas células do revestimento interno do útero. O câncer de endométrio é o câncer ginecológico mais comum em diversos países.

é importante sempre ressaltar que, embora os miomas não se tornem câncer, eles podem apresentar sintomas que interferem na qualidade de vida das mulheres. Se os miomas estiverem causando sintomas incômodos ou afetando a fertilidade, pode ser necessário realizar uma cirurgia para removê-los.

Assista ao vídeo no YouTube: Separação ou Abandono?

 

O que você precisa saber sobre Metástases.

24 abril, 2023

O que você precisa saber sobre metástases

Durante o tratamento do câncer é muito importante estar atento quanto ao surgimento de metástases. Elas ocorrem a partir das células cancerosas que se disseminam a partir do tumor original (primário) e se espalham para outras partes do corpo, formando novos tumores em locais distantes.

Ou seja, a metástases ocorrem quando as células cancerosas se separam do tumor original e entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático, e "viajam" para outras partes do corpo, formando novos tumores.

O processo de metástase é bastante complexo e envolve várias etapas, pois as células cancerosas precisam superar muitas barreiras para se disseminarem e crescerem em um novo local, isso não é algo simples e fácil. Além disso, as células cancerosas também precisam interagir com células normais do corpo e com o ambiente circundante para sobreviver e crescer em um novo local.

Saiba quais sinais e sintomas relacionados com a
presença de metástases

Os sinais e sintomas de que um paciente está desenvolvendo metástase podem variar dependendo do tipo e localização do câncer, bem como da extensão e localização destas metástases. No entanto, existem alguns sintomas gerais que podem ser indicativos de metástases, como:

  1. Dor, especialmente quando elas afetam os ossos da coluna vertebral, costelas, quadril e crânio;
  2. Fraqueza e fadiga;
  3. Perda de peso sem motivo aparente;
  4. Alterações neurológicas;
  5. Problemas respiratórios;
  6. Alterações gastrointestinais;
  7. Alterações na pele, como manchas vermelhas, inchaço ou ulcerações.

As metástases são uma das principais razões pelas quais o câncer pode ser difícil de tratar e controlar. Quando as células cancerosas se espalham para outras partes do corpo, elas podem danificar órgãos e tecidos saudáveis, afetando a função normal do corpo. O tratamento para o câncer geralmente envolve a identificação e o tratamento das metástases, bem como o tratamento do tumor original.

Se você foi diagnosticado com câncer, é importante estar ciente dos sinais de metástase e informar o seu médico sobre quaisquer sintomas ou alterações que você esteja sentindo. No entanto, é importante lembrar que nem todos os pacientes com câncer desenvolvem metástases e que a maioria das metástases ocorre em estágios mais avançados da doença.


Dr. Ranyell é um cirurgião experiente em tratamento de câncer de cólon e oferece uma equipe multidisciplinar completa para garantir a melhor qualidade de vida para você que está enfrentando esse problema. Não deixe sua vida nas mãos de alguém que não conhece desse tipo de problema!  

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Cirurgia: Primeira ou Última opção no tratamento do paciente com câncer?

24 abril, 2023

Qual o melhor momento e a intenção da Cirurgia no tratamento do paciente com câncer?

Fizemos um post recentemente (instagram @ranyellspencer) sobre quando, em que momento do tratamento do paciente a cirurgia vai ser aplicada. O paciente muitas vezes fica preocupado em retirar aquele tumor, combater aquela causa o mais rápido possível.

O que você tem que entender é que, em Oncologia principalmente, a cirurgia faz parte de uma estratégia de tratamento que pode envolver quimioterapia, radioterapia ou algumas outras terapias locais.

Então planejar para saber em qual momento que deve ser feita essa cirurgia é muito importante. Não necessariamente é no primeiro momento. É o que a gente chama de cirurgia “up front”, cirurgia de princípio. Mas eu posso colocar essa cirurgia para depois. Quer dizer, eu faço alguma terapia antes da cirurgia para depois operar, com o objetivo de diminuir o tumor ou melhorar aquelas margens de ressecção que a gente fala.

Então quando você procurar um médico para fazer uma cirurgia, muitas vezes ele não vai propor aquilo de imediato. Ele vai propor que você faça uma radioterapia antes, por exemplo, e a cirurgia depois.

Outra coisa que a gente tem que aprender em relação à cirurgia, é a intenção do tratamento. Quando a gente fala em cirurgia para tratar uma doença, a gente está pensando em uma terapia local. A gente sabe que o câncer, por exemplo, pode ser uma doença sistêmica desde o princípio, ou seja, ela nasceu em algum lugar, mas ela pode ir para outros lugares. É o que muitas vezes se fala em "enraizar" noutros lugares, mas na verdade são as metástases que o tumor pode produzir. Então imagina a gente fazer uma cirurgia enorme em um local e o paciente aparecer um mês depois ou dois meses depois com uma outra lesão no pulmão.

Então aquela cirurgia talvez não tivesse uma intenção curativa ou não conseguiu a cura. Então, quando a gente fala em intenção de tratamento, a gente quer dizer assim, poxa, qual é o meu objetivo principal com essa cirurgia? É curar o paciente? É livrar o paciente de sintomas? É combater algo agudo? Ou é permitir que ele faça mais quimioterapia ou mais remédio?

Assim, às vezes a intenção do tratamento é simplesmente que a cirurgia seja uma ponte para que ele, o paciente, volte ao seu tratamento principal, que seria a quimioterapia por exemplo. Quando você procurar um cirurgião para falar do seu problema, pergunte isso, entenda qual é a intenção do tratamento, qual a magnitude dessa cirurgia e qual o momento que ela vai ser feita e por quê.

Se o câncer for diagnosticado, o tratamento depende do estágio em que se encontra a doença. Uma das opções mais comuns é a cirurgia, que pode ser curativa na grande maioria dos casos. A cirurgia com intuito curativo é realizada quando o câncer é detectado no início e é possível removê-lo completamente. Já nos casos mais avançados, a cirurgia tem como objetivo principal reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Assista ao vídeo no Youtube e saiba mais!

A cirurgia ainda é a sua melhor chance de cura!

O papel de um cirurgião experiente no tratamento do câncer é fundamental. O cirurgião experiente tem habilidades técnicas apuradas e conhecimento atualizado sobre o tratamento deste tipo de tumor, o que aumenta as chances de sucesso da cirurgia, reduz os riscos de complicações e aumenta as taxas de cura. Além disso, o cirurgião experiente trabalha em equipe multidisciplinar com outros profissionais de saúde, como oncologistas, radiologistas e enfermeiros, para garantir o melhor tratamento possível para o paciente.

Dr. Ranyell é um cirurgião experiente em tratamento de câncer de cólon e oferece uma equipe multidisciplinar completa para garantir a melhor qualidade de vida para você que está enfrentando esse problema. Não deixe sua vida nas mãos de alguém que não conhece desse tipo de problema!  

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CÂNCER HEREDITÁRIO: O quê você precisa saber.

24 abril, 2023

Câncer Hereditário: o quê você precisa saber

Hereditariedade e câncer estão intrinsecamente ligados, já que algumas mutações genéticas podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver certos tipos de câncer. Embora a maioria dos cânceres não seja hereditário, algumas pessoas têm um risco maior de desenvolver câncer por causa de mutações genéticas que são transmitidas de geração em geração.

Entendendo o conceito de genética no desenvolvimento do câncer

Nossos genes são responsáveis por controlar o crescimento e a divisão celular em nosso corpo. No entanto, quando há uma mutação genética, pode ocorrer um crescimento celular descontrolado, o que pode levar ao câncer. Algumas mutações genéticas podem ser herdadas dos nossos pais e aumentar o risco de desenvolver câncer.

As mutações genéticas podem ocorrer em qualquer um dos nossos genes, incluindo os genes supressores de tumor, que ajudam a prevenir o câncer. Quando esses genes são mutados, eles podem não funcionar corretamente e permitir o surgimento de um tumor.

Acesse o vídeo sobre esse tema aqui: Câncer e Hereditariedade

Cânceres hereditários

Existem vários tipos de cânceres que são hereditários, dentre os mais comuns podemos destacar:

  • Câncer de mama e ovário: Cerca de 5-10% dos cânceres de mama e ovário são hereditários, causados por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
  • Câncer colorretal: Algumas mutações genéticas, como as presentes na Síndrome de Lynch, aumentam o risco de câncer colorretal e outros tipos de câncer, como o câncer de estômago.
  • Melanoma: Algumas mutações genéticas, como na Síndrome do Nevo Displásico, aumentam o risco de melanoma.

Importância dos testes genéticos

Se você tem uma história familiar de câncer, pode ser recomendável que faça um teste genético para determinar se você tem uma mutação genética que aumenta o risco de câncer. Os testes genéticos podem identificar mutações em genes específicos que estão associados a um maior risco de câncer.

No entanto, é importante lembrar que nem todas as mutações genéticas levam ao câncer. Ter uma mutação genética não significa necessariamente que você desenvolverá câncer, mas significa que você tem um risco aumentado, ou seja, maiores chances do que qualquer outro indivíduo.

Prevenção e tratamento

A prevenção e o tratamento do câncer hereditário dependem do tipo de câncer e da mutação genética específica. Algumas opções incluem:

  • Acompanhamento: Em alguns casos, é recomendável realizar exames regulares para detectar o câncer precocemente e aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.
  • Procedimentos preventivos: Em alguns casos, como com o câncer de mama hereditário, pode ser recomendado fazer uma mastectomia preventiva para reduzir o risco de desenvolver câncer.
  • Terapia genética: Em um futuro próximo, provavelmente teremos esse tipo de terapia. A terapia genética vem a ser uma opção, ainda experimental, que pode ser usada para tratar certos tipos de câncer hereditário. Essa terapia, teoricamente, envolve a alteração do DNA das células para corrigir ou substituir genes defeituosos.

Se você é jovem, tem ou teve câncer, alerte o seus familiares sobre o risco de um câncer hereditário na sua família, e procure ajuda agora mesmo!

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14 julho, 2022

Doutor, meu tumor está “enraizado?”

Essa é uma pergunta frequente realizada pelos pacientes. Na verdade, o que eles querem saber é se o seu tumor já fez ou está com metástases. Vamos ver neste texto o que são essas metástases, qual o seu significado e como elas ocorrem.

Quando um tumor se dissemina ou se espalha para alguma parte do corpo diferente de onde começou chamamos isso de Metástase. Quando isso acontece nós médicos dizemos que o câncer “metastizou”, ou ainda podemos chamar de “câncer metastático”, “câncer avançado” ou “câncer em estágio IV”. Entretanto, esses termos podem ter significados diferentes. Por exemplo, um câncer que cresceu bastante apenas localmente, mas que não se espalhou ainda para outra parte do corpo, também pode ser chamado de tumor localmente avançado.

As metástases geralmente se desenvolvem quando as células cancerígenas se separam do tumor principal e entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático (esses dois sistemas transportam fluidos e sangue pelo corpo); isso significa que as células cancerígenas podem viajar para longe do tumor original e formar novos tumores quando se instalam e crescem em uma parte diferente do corpo, como por exemplo nos pulmões.

Às vezes, as metástases também podem se desenvolver quando as células cancerígenas descamam ou se destacam do tumor principal, geralmente na cavidade abdominal, e crescem em áreas próximas, como no peritônio (camada que reveste os intestino) e se implantam em órgãos internos como o fígado e baço.

Só dizemos que um tumor é maligno se ele tem a capacidade de fazer metástases!

A capacidade de enviar metástase depende:

Do tipo de câncer: Alguns tumores são mais propensos a se espalhar do que outros.
Quão rápido o câncer está crescendo
Qual o estágio que o tumor se encontra
Como está o sistema imune (de defesa) da pessoa com câncer

O câncer pode se espalhar para quase todas as partes do corpo. Alguns tipos de câncer tendem a se espalhar para certas partes do corpo diferentemente de outros. Vamos ver alguns exemplos: a) O câncer de mama tende a se espalhar para os ossos, fígado e pulmões; b) O câncer de pulmão tende a se espalhar para o cérebro, ossos, fígado e glândulas supra-renais; c) O câncer de próstata tende a se espalhar para os ossos; d) O câncer de intestino tende a se espalhar para fígado, pulmões e peritônio.

Com menos frequência, o câncer pode se espalhar para a pele, músculo ou outros órgãos do corpo, como o pâncreas por exemplo. As células cancerígenas também podem se espalhar para o revestimento ao redor dos pulmões, chamado cavidade pleural. Também pode se espalhar para o revestimento interno da barriga chamado de cavidade peritoneal.

Quando as células tumorais causam acúmulo de líquido na cavidade torácica (dos pulmões) ou cavidade peritoneal (da barriga), são formados os chamados derrame pleural maligno e ascite maligna.

Uma outra pergunta que surge é se metástase é o mesmo tipo de câncer de antes. A resposta é sim. Um câncer que se espalhou para outra área recebe o mesmo nome que o câncer original. Por exemplo, um câncer de mama que se espalha para o fígado é chamado de câncer de mama metastático, não câncer de fígado. Isso ocorre porque o câncer começou na mama e o tratamento usado é para o câncer de mama.

As metástases são investigadas através de testes específicos para isso, como tomografia ou cintilografia por exemplo. Se você já teve tratamento contra o câncer não metastático, provavelmente tem um plano de acompanhamento certo?. Você verá que serão solicitados exames de rotina, mesmo depois que já tirou o tumor principal, durante cerca de 5 anos, periodicamente. Infelizmente, as metástases podem ocorrer alguns anos depois do tratamento inicial. Nesse caso dizemos que houve uma recaída.

Os sintomas das metástases são de acordo com o órgão que acomete. Por exemplo, falta de ar se elas ocorrem nos pulmões ou anemia se ocorre na medula. Às vezes, esses sintomas são o gatilho para que nós médicos solicitemos exames necessários para encontrar as metástases.

O tratamento das metástases depende de alguns fatores como a) Qual a origem do tumor ou “tumor primário”; b) Qual a quantidade de metástases; c) Quantos órgãos estão envolvidos; d) Qual o tempo decorrido entre a retirada do tumor primário e o surgimento das metástases e c) qual o grau de resposta ao tratamento com quimioterapia essas ou essa metástase tem. Importante ressaltar que estudos estão sendo feitos para que se saiba mais sobre como as metástases podem diferir do tumor original, isso em níveis molecular e genético. Esse fato pode direcionar o tratamento de modo distinto para as metástases quando comparado ao tratamento usado para o tumor original.

O tratamento pode incluir quimioterapia ou terapia hormonal. Cirurgia e radioterapia também podem ser opções para alguns tipos de câncer. Nós médicos podemos usar um tipo de tratamento e depois mudar para outro quando o primeiro parar de agir, ou alternar de tempos em tempos. O importante é sempre manter o paciente ciente de tudo que está acontecendo, e compartilhar as decisões, e desse modo realizar melhores escolhas, individualizando ao máximo o tratamento.

É possível viver por muitos meses ou anos com certos tipos de câncer, mesmo após o desenvolvimento de doenças metastáticas.

Em algumas situações, o câncer metastático pode ser curado sim!, mas mais comumente, o tratamento não cura o câncer, infelizmente. No entanto, muitas vezes o paciente convive com a doença por anos e anos. Como se fosse uma espécie de diabetes, que não cura, mas convive com ele. Ao escolher um tratamento, escolha um médico com experiência no tratamento de câncer metastático. Os médicos podem ter opiniões diferentes sobre o melhor plano de tratamento e muitas vezes mais de uma consulta é necessária.

O mais importante é que você saiba qual o objetivo do seu tratamento. Esse objetivo pode mudar durante o seu curso, dependendo da resposta inicial a terapia que está sendo usada. Também é importante saber que dor, náusea e outros efeitos colaterais podem ser manejados com a ajuda de uma equipe multidisciplinar, onde o médico paliativista tem papel fundamental na melhora da qualidade de vida, apoio a familiares e até sobrevida em muitos casos de pacientes com doença metastática.

Para saber mais sobre o tema ou tirar dúvidas, agende uma consulta agora mesmo!

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Escrito por: Dr. Ranyell Spencer MD PhD

  1. Texto adaptado de www.cancer.net
 

6 maio, 2022

Causa e Fatores de Risco para Câncer de Cólon

O câncer de cólon é uma das causas mais frequentes de mortes no Brasil, principalmente nas regiões sul e sudeste. A maioria dos cânceres no cólon se desenvolve a partir de pólipos, que são estruturas que se formam no revestimento interno do cólon, também chamado de mucosa. Embora a maioria dos pólipos não se transforme realmente em câncer, os que têm maior probabilidade de se tornarem são chamados de pólipos adenomatosos ou adenomas.

Pólipos maiores que um centímetro, pólipos que contêm células anormais (chamados de pólipos displásicos) e a presença de dois ou mais pólipos no cólon também aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer.

Fatores de risco mais comuns:

Existem vários fatores que estão relacionados ao aumento do risco de uma pessoa desenvolver câncer de cólon. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, a pessoa consegue ter o controle sobre eles; entretanto outros não, como por exemplo a idade, etnia e raça ou genética.

A idade é o fator de risco número um para câncer de cólon.

Mais de 90% dos casos de câncer de cólon ocorrem em pessoas com 50 anos de idade ou mais. Dito isso, os jovens adultos também podem ter câncer de cólon. Na verdade, a incidência de câncer de cólon em jovens de 20 a 39 anos está aumentando e não se sabe ao certo qual o real motivo para isto. Ao contrário do pensamento popular, a maioria dos cânceres de cólon em jovens não está ligada a síndromes genéticas.

O ponto principal aqui é que, “embora o aumento da idade seja um fator de risco importante para o desenvolvimento de câncer de cólon, é crucial para qualquer pessoa estar familiarizada com os sintomas e fatores de risco (além da idade) desta doença.”

Etnia e raça

A etnia também é um fator conhecido associado ao risco de câncer. Os afro-descendentes têm maior probabilidade de desenvolver e morrer de câncer de cólon do que os brancos. Outro grupo de alto risco de câncer de cólon são os judeus de ascendência europeia oriental.

Estar acima do peso ou ser obeso

A associação entre o câncer de cólon e a obesidade é importante. Ao todo, as pessoas obesas têm 30% a mais de probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer do que as pessoas com peso normal. Essa associação também existe para pacientes com Diabetes tipo 2.

História pessoal de pólipos colônicos

O termo pólipo colônico refere-se a um crescimento anormal no revestimento interno do cólon. Mais comumente, o câncer de cólon se desenvolve a partir de pólipos adenomatosos, sendo o adenocarcinoma o tipo mais prevalente. Os pólipos adenomatosos podem ser vilosos (semelhantes a folhas), pediculados ou planos.

Praticamente todos os cânceres de cólon se desenvolvem a partir de pólipos adenomatosos; ter um ou mais pólipos adenomatosos aumenta o risco de desenvolver câncer de cólon. Esse risco é ainda maior quanto maior o pólipo, mais pólipos você tem e se o pólipo mostra displasia, o que significa que contém algumas células de aparência anormal.

A vantagem é que, quando esses pólipos são encontrados e removidos por meio da colonoscopia, eles são tratados sumariamente.

História Pessoal de Doença Inflamatória Intestinal

A doença inflamatória intestinal (DII) é caracterizada por condições conhecidas como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. A duração e extensão da doença são importantes fatores de risco para (em ambos) e estão associados ao desenvolvimento de câncer de cólon.

É importante observar que a DII não deve ser confundida com a síndrome do intestino irritável (SII), que não aumenta o risco de uma pessoa desenvolver câncer de cólon.

Fatores Genéticos

Um em cada quatro casos de câncer de cólon tem algum tipo de associação genética. Portanto, se você tem um membro da família de primeiro grau (irmão, irmã, pai, mãe, filho) com câncer de cólon ou pólipos, seu risco de desenvolver câncer de cólon aumenta.

Existem síndromes genéticas bem conhecidas que estão relacionadas com o desenvolvimento do câncer de cólon, são elas: Síndrome de Polipose Adenomatosa Familiar (FAP), Síndrome do câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC) – também conhecida como síndrome de Lynch, Síndrome de Peutz-Jeghers (PJS) e outras mais raras como Li-Fraumeni. Mas isso será tema de outra postagem aqui no blog.

Estilo de Vida

Lembre-se de que sobrepeso / obesidade – um fator comum no desenvolvimento de câncer de cólon – é algo sobre o qual você pode ter influência. Além disso, esses fatores de risco também estão sob seu controle.

Consumo de álcool

O álcool é hoje considerado um dos principais fatores de risco para câncer de cólon, e o risco está diretamente relacionado à quantidade de álcool consumida.

Fatores dietéticos

Dietas ricas em gordura e colesterol, especialmente carnes vermelhas (por exemplo, carne bovina, cordeiro e porco), têm sido associadas ao câncer de cólon.

Tabagismo

Fumantes têm cerca de 20% a mais de chances de desenvolver câncer de cólon do que aqueles que nunca fumaram. Além disso, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de cólon aumenta proporcionalmente ao número de anos que fuma. A boa notícia é que, assim que uma pessoa para de fumar, seu risco pessoal de câncer de cólon começa a diminuir.

Para finalizar, é importante saber também que existem outros fatores associados a um risco aumentado de desenvolver câncer de cólon. Alguns deles incluem:

  1. Terapia de privação androgênicade longo prazo, possivelmente devido à resistência à insulina como uma complicação da ADT;
  2. Remoção da vesícula biliar (colecistectomia), que tem sido associada ao aumento do risco de câncer de cólon direito;
  3. Deficiência de vitamina D;
  4. Constipação crônica e uso regular de laxantes, especialmente laxantes não fibrosos.

Para saber mais sobre o tema ou tirar dúvidas, agende uma consulta!

Escrito por: Dr. Ranyell Spencer MD PhD

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6 maio, 2022

Sarcomas de Partes Moles

Você sabia que existe um tumor raro que surge a partir de células chamadas mesenquimais primitivas? Esses tumores são chamados de sarcomas! Neste texto vamos falar alguns aspectos gerais sobre essa doença. Mas antes, vamos saber mais sobre essas tais células mesenquimais.

As células mesenquimais têm a capacidade de se diferenciar em várias outras linhagens celulares, dando origem (em seu conjunto) daquilo que chamamos de tecidos conectivos, ou seja, tecidos que se conectam, sustentam e circundam outras estruturas do corpo. Vejam a figura abaixo por exemplo, é de um “corte” lateral de um joelho: Ela contém, osso, células musculares, células de gordura, cartilagem, matriz celular e acelular de preenchimento além de constituintes da parede dos vasos sanguíneos.

A tudo isso chamamos de tecidos conectivos ou simplesmente conjuntivos, e eles surgem a partir das células mesenquimais. Esses tecidos incluem tendões, revestimento das articulações, músculos, gordura, vasos sanguíneos e nervos.

Quando há algo errado nesse processo de diferenciação das céls mesenquimais, surgem tumores com crescimento desordenado: São os Sarcomas de Partes Moles.

O sarcoma de partes moles pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas os locais mais comuns são os braços e as pernas (membros superiores e inferiores), sendo o abdômen o terceiro local mais comum.

Este é o primeiro texto sobre esse tema. Iremos complementar com mais dois além de um vídeo exclusivo no canal do youtube. Eu sou Ranyell Spencer e se você é novo por aqui, se inscreva e fique sabendo tudo sobre cirurgia oncológica, e temas relacionados a oncologia.

Existem mais de 50 subtipos de sarcoma de partes moles. Alguns deles podem afetar mais comumente crianças, enquanto outros acometem principalmente adultos. Esses tumores podem ser difíceis de diagnosticar porque podem ser confundidos com muitos outros tipos, além disso, podem surgir como lesões profundas que não dão sintomas precoces, fazendo com que seu diagnóstico seja muitas vezes tardio.

Sintomas

Em estágios iniciais, eles podem não causar sintomas, e surgirem como nódulos indolores pequenos em braços ou pernas. Por outro lado, conforme o tumor cresce, ele pode causar:

  1. Um caroço ou inchaço perceptível mais perceptível,
  2.  Dor, se um tumor pressionar nervos ou músculos

Curiosidade: Muitas vezes esses tumores fazem que com o paciente colida com a região contra certos anteparos ao caminhar ou realizar alguma outra atividade, o que também pode causar dor.

Em casos mais avançados, o tumor pode crescer, inflamar e até ulcerar na pele, o que piora muito a evolução clínica do paciente.

🧐 Fique atento quando:

  1. Um caroço que está aumentando de tamanho ou se torna doloroso.
  2. Um caroço de qualquer tamanho localizado na profundidade de algum músculo.
  3. Ou quando da recorrência de um caroço que foi removido previamente

O diagnóstico, na maioria das vezes é também incidental, ou seja, é feito por acaso durante algum outro exame abdominal, como por exemplo uma ultrassonografia. A tomografia ou ressonância frequentemente são utilizadas para confirmação diagnóstica após a identificação de um nódulo hepático suspeito.

tratamento cirúrgico, com a remoção do tumor, é o modo mais eficaz de tratar, embora muitas vezes radioterapia ou quimioterapia façam parte do, digamos, arsenal terapêutico, sendo recomendados na dependência do tamanho, tipo, localização e agressividade do tumor

Para saber mais sobre o tema ou tirar dúvidas, agende uma consulta agora mesmo!

Escrito por: Dr. Ranyell Spencer MD PhD

Instagram: @ranyellspencer e no YouTube